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Avanços na assistência ventricular mecânica serão discutidos no Simpósio do Congresso Paranaense de Cardiologia

Cirurgião cardiovascular, Dr. Fábio Jatene, palestra sobre o tema no dia 30 de abril

Um dos maiores cirurgiões cardiovasculares do país, Dr. Fábio Jatene, do Instituto do Coração de São Paulo, estará presente no 43º Congresso Paranaense de Cardiologia, que ocorre nos dias 29 e 30 de abril, no Expo Unimed, em Curitiba. Ele ministrará sobre “Avanços na assistência ventricular mecânica” dentro do Simpósio da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular – Assistência Ventricular na prática diária, que também conta com a participação dos cardiologistas Dra. Lidia Ana Moura, Dr. Edimar Bocchi e Dr. Luiz Cesar Souza.
Dr. Jatene comenta que a assistência ventricular mecânica tem apresentado progresso acentuado nos últimos anos. “A qualidade dos materiais, a tecnologia de construção e as modernas formas de armazenamento de energia são os principais avanços na área”, explica. De acordo com ele, os materiais utilizados estão cada vez mais biocompatíveis, leves e duráveis e, com isso, mais eficientes e avançados. “A somatória de tudo isso resulta na melhora da qualidade de vida e aumento da longividade dos pacientes que dependem desse tipo de máquina para se manterem vivos”, salienta.
A assistência ventricular mecânica é um coração artificial, que funciona com baterias recarregáveis que ficam junto ao paciente, em um cinturão. “Existe apenas um cabo semi-flexível que sai do aparelho e atravessa a pele do paciente e conecta a bomba às baterias. Esse cabo é totalmente embutido e não é visível quando se está vestido”, explica. “Esse tipo de máquina oferece boa mobilidade ao paciente e ele pode ir para a casa, exercendo suas atividades do dia a dia, com uma independência funcional razoável. O aparelho poderá ficar até que o transplante aconteça, situação chamada de ponte para transplante, ou então permanecer até o final da vida do paciente, designada no meio médico de terapia de destino”, revela.
O cirurgião explica que existem vários modelos de coração artificial. “O modelo mais empregado no mundo, e que também apresenta os melhores resultados, oferece assistência apenas do lado esquerdo do coração”, observa. “Esse tipo de máquina é totalmente implantável e funciona de maneira semelhante à uma turbina de avião, puxando o sangue da ponta do coração esquerdo (ventrículo esquerdo) e jogando-o com pressão na aorta, nossa principal artéria.”
O paciente
A primeira técnica para manter vivo um cardiopata grave, de acordo com Dr. Jatene, é sempre considerar o tratamento clínico otimizado. “Por meio de medicamentos, o paciente segue controlado clinicamente e pode suportar alguns meses sem o auxilio de máquinas e em vida domiciliar”, comenta. “Com o passar do tempo de espera pela chegada do novo coração, o órgão doente vai enfraquecendo progressivamente e a internação, muitas vezes, é a única opção, agora com a utilização de medicações ministradas na veia do paciente e em ambiente de UTI.”
Porém, segundo o cirurgião, quando as medidas não são suficientes, as máquinas devem ser consideradas. “O aparelho mais comum usado é o chamado balão intra-aórtico, colocado sob anestesia local por meio de uma punção na virilha do paciente. Ele suportará algumas semanas com este equipamento”, diz. “Nos casos em que o coração ainda não chegou e há piora do quadro, como ponte para o transplante cardíaco, é preciso considerar os ventrículos artificiais, que podem ser colocados externamente ao corpo (para-corpóreos) ou totalmente implantáveis.”
                Dr. Fábio Jatene conta que, ao ser indicado para um transplante cardíaco, o paciente está com a qualidade de vida “extremamente comprometida”. “Muitas vezes, essa pessoa nem banho consegue tomar sozinha e o prognóstico é que venha a falecer dentro de seis meses a um ano.” Em contrapartida, após o transplante, a expectativa para os próximos dez anos é alta: as chances são entre 50% a 70% para 15 anos. “Esses números estão mudando para melhor, pois as medicações que controlam a rejeição estão cada vez mais eficientes e essas expectativas aumentam a cada ano, felizmente! Existem pesquisas constantes que aumentam esta sobrevida, que já é boa”, ressalta.
                O cirurgião reitera que os pacientes devem ser rigorosos no uso das medicações prescritas e cultivar hábitos saudáveis. “O transplante do coração necessita de cuidados especiais, devido ao fenômeno da rejeição. A receita médica deve ser seguida sem nenhum desvio”, recomenda. Alimentação saudável, não beber, não fumar, fugir do sedentarismo e evitar obesidade são as recomendações para os pacientes. “Não há restrição para atividade física, muitos pacientes transplantados são, inclusive, excelentes esportistas! Há até olimpíadas internacionais só com participação de atletas transplantados”, conta. Quanto à alimentação, são proibidas bebidas alcoólicas, pois interferem nos efeitos dos remédios utilizados para o controle da rejeição. “Também, por conta da imunossupressão, hábitos de higiene no preparo e escolha dos alimentos são importantes”, salienta Dr. Fábio Jatene.
Serviço: O 43º Congresso Paranaense de Cardologia ocorre nos dias 29 e 30 de abril, no Expo Unimed – Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300, no bairro Campo Comprido, em Curitiba (PR).

Informações para Imprensa: Expressa 

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