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Apagões digitais crescem no mundo e expõem fragilidade das empresas

Falhas recentes em gigantes como AWS e Cloudflare, que derrubaram serviços no Brasil e no exterior, reforçam a necessidade de planos de continuidade e recuperação de desastres para evitar prejuízos operacionais, financeiros e reputacionais

O ano de 2025 ficou marcado por uma sequência de apagões digitais que afetaram empresas e consumidores em escala global, revelando a vulnerabilidade cada vez maior dos sistemas que sustentam a economia digital. Nas últimas semanas, provedores críticos como AWS e Cloudflare enfrentaram instabilidades de grandes proporções, derrubando sites, aplicativos, bancos e até plataformas de inteligência artificial, como o próprio ChatGPT, deixando milhões de pessoas sem acesso a esses serviços. Relatórios internacionais apontam que o número de interrupções significativas cresceu no mundo, com destaque para regiões de alta dependência de serviços digitais. “No Brasil, o reflexo dessas falhas foi imediato: clientes de serviços bancários, varejistas e grandes empresas enfrentaram lentidão, erros e interrupções completas, mostrando que nenhuma organização está isolada da cadeia de impacto de um apagão digital”, pontua o CEO da Opus Tech, Junior Machado. 

Entre os episódios mais recentes, a queda da AWS na região US-EAST-1 gerou instabilidade global por horas, afetando pagamentos, operações de logística, plataformas de streaming e sistemas corporativos críticos. Poucos dias depois, um problema de infraestrutura da Cloudflare se tornou o centro de uma onda de instabilidades que impactou diversos países e interrompeu o acesso a serviços amplamente utilizados no Brasil. Plataformas de monitoramento como o Downdetector registraram picos simultâneos de reclamações envolvendo grandes empresas de tecnologia, bancos e serviços de nuvem, indicando o quanto o ecossistema digital é interdependente e suscetível a falhas em cascata.

Diante desse cenário, cresce a importância de planos de continuidade de negócios e recuperação de desastres, conhecidos como Disaster Recovery (DR). Esses planos estruturados permitem que empresas restabeleçam rapidamente seus sistemas, reduzam o tempo de indisponibilidade e protejam informações críticas mesmo diante de apagões severos. Soluções robustas de DR incluem ambientes redundantes, backups externos, replicação de dados em tempo real e procedimentos testados regularmente, garantindo que a organização possa reagir com rapidez e previsibilidade. Apesar disso, muitas empresas brasileiras ainda não possuem estratégias maduras de contingência, o que amplia a exposição aos riscos de queda e perda de informações.

Para Machado, o momento exige atenção redobrada e planejamento técnico rigoroso. “Vivemos um cenário em que não se discute mais se haverá uma falha, mas quando. A recorrência dos apagões mostra que mesmo os maiores provedores estão sujeitos a interrupções severas, e as empresas que não tiverem planos estruturados de recuperação, com redundância real, testes periódicos e reação rápida, correm o risco de sofrer prejuízos que podem comprometer desde o caixa até a credibilidade da marca. Investir em Disaster Recovery não é custo: é proteção estratégica para garantir continuidade e segurança”, afirma.

As razões para esses apagões são múltiplas e vão desde falhas físicas em data centers, problemas de energia e refrigeração, até erros de configuração em grande escala, tráfego inesperado ou incidentes decorrentes da complexidade crescente das arquiteturas de TI. “Em um cenário em que empresas operam cada vez mais integradas a serviços de terceiros, especialmente na nuvem, uma única instabilidade pode desencadear consequências que extrapolam o ambiente do provedor original e afetam diversos setores simultaneamente. Essa realidade amplia os riscos operacionais e deixa claro que depender exclusivamente da estabilidade dos grandes provedores não é suficiente para garantir continuidade”, alerta.

Os prejuízos para empresas e consumidores variam de acordo com o porte da organização e o nível de criticidade dos sistemas envolvidos, mas incluem desde paralisação total de operações, perda de vendas, impossibilidade de realizar pagamentos, queda no atendimento ao cliente, até danos reputacionais e perda de confiança, um impacto que costuma ser mais difícil de recuperar do que o prejuízo financeiro imediato. Para o consumidor final, as falhas se traduzem em instabilidade, frustração e, em alguns casos, riscos de segurança de dados.

“A gente sempre reforça que a adoção de soluções especializadas é um passo fundamental para mitigar riscos e preservar a integridade das operações. Em um ambiente digital cada vez mais complexo e interconectado, a prevenção se torna o pilar central da segurança tecnológica. Os apagões recentes são um alerta para empresas que ainda não tratam continuidade e resiliência como prioridades, e 2025 deixa claro que essa postura já não é mais viável”, finaliza o CEO. 


 

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