O país é referência na
realização do procedimento pelo SUS, que oferece todo o tratamento
pós-cirúrgico
O Brasil é o maior serviço público de transplante do mundo
via Sistema Único de Saúde. Falando somente sobre transplante renal, já foram
realizados no mais de 5,5 transplantes no país somente em 2015. Contudo, ainda
existem cerca de 20 mil pessoas em lista de espera para receber transplante de
rim – com tempo médio de espera de 18 meses, de acordo com o Ministério da
Saúde. No Paraná, há 1,2 mil pacientes ativos em lista, sendo que, em 2015, 471
transplantes foram feitos no estado.
“Observamos um certo receio, por parte de alguns familiares,
em autorizar a doação de múltiplos órgãos de seus entes falecidos por causa do
medo de um corpo desfigurado no velório Por isso, ressaltamos que a retirada
dos órgãos é realizada por equipe especializada que sempre tem em conta o
respeito os valores dos familiares do doador”, explica a chefe do setor de nefrologia do Hospital
São Vicente – Funef, Luciana Percegona - o hospital é credenciado ao Ministério
da Saúde desde 2008. Nesse período, 157 transplantes renais isolados e duplo
fígado/rim foram realizados. A instituição atende tanto pacientes do SUS como
planos de saúde. A doação também pode ser de pacientes vivos: nesse caso, as
doações podem ser feitas por qualquer pessoa de até quarto grau de parentesco,
ou não familiar com liberação judicial que seja compatível e saudável. Só neste
ano, foram realizados 140 transplantes. “O SUS custeia todos os exames do
paciente e de seu doador, como o internamento e as cirurgias. Também são
fornecidas toda a medicação imunossupressora por tempo indeterminado”, afirma a
médica.
A expectativa de sobrevida de pacientes transplantados
depois de cinco anos, segundo o Ministério da Saúde, é de 70% a 80%. O
acompanhamento pós-transplante é rigoroso e inclui avaliação semanal por 30 a
50 dias, ajustes medicamentosos, exames
e consultas periódicas. A Dra. Luciana Percegona explica que a rejeição do
órgão acontece em torno de 10% a 12% dos casos. “A rejeição ocorre apesar da
melhoria das drogas imunossupressoras (que agem no sistema imunológico
reduzindo, assim, o risco de rejeição), entretanto, a má aderência ao uso dos
medicamentos imunossupressores é a principal causa de rejeição do órgão
transplantado, mas há tratamentos eficazes para a cura”, ressalta.
Indicações da
cirurgia
De
acordo com a médica, o transplante renal é uma modalidade de tratamento para
pacientes com insuficiência renal crônica, tanto em fase terminal, (quando ele
está fazendo diálise), ou em fase preempetiva. “Quando o paciente tem a
filtração renal abaixo dos 20% e não se encontra em diálise ainda”, esclarece. Edema
(inchaço) nos pés e pernas, dores lombares, aumento da pressão arterial,
palidez e sangue na urina são alguns sintomas que podem indicar deficiência na
função vital dos rins. Os pacientes com insuficiência renal devem procurar um
nefrologista que atue na área de transplante, para ser avaliado e colocado em
lista de espera. “Primeiramente, ele passa por uma avaliação rigorosa para
investigação das condições cardíacas, hepática, pulmonares e infecciosas e só
após a exclusão de doença grave é que o paciente pode entrar na fila de espera.
Essa fila é coordenada pela central estadual de transplante conforme critérios
estabelecidos pelo Ministério da Saúde”, explica a Dra. Luciana.
São poucos os casos em que o transplante renal é
contraindicado. “Não é indicado quando o paciente tem câncer, doença cardíaca
ou pulmonar graves (que não tenham tratamento), cirrose hepática (nessa
situação, é preciso investigar a possibilidade de transplante duplo de
fígado-rim) e doença circulatória grave, a qual impedir o transplante renal”,
frisa a médica.
Sobre o Hospital São Vicente-Funef
O Hospital São Vicente atende a diversas especialidades,
entre elas Cardiologia e Oncologia. Atende pelo SUS, planos de saúde e
particular. Fundado em 1939, o Hospital São Vicente é administrado pela Funef –
Fundação de Estudos das Doenças do Fígado Kotoulas Ribeiro desde 2002. Essa
junção, realizada pelo então presidente Marcial Carlos Ribeiro, fortaleceu as
instituições, transformando o Hospital São Vicente–Funef em referência em
transplantes. De alta complexidade, o hospital atende a diversas especialidades
clínicas e cirúrgicas, sempre pautado pela qualidade e pelo tratamento
humanizado. A instituição integra a lista de estabelecimentos de saúde que
atendem ao padrão de qualidade exigido pela Agência Nacional de Saúde
Suplementar – ANS, órgão regulador vinculado ao Ministério da Saúde. Mais
informações pelo www.hospitalsaovicente.com.br.
Fonte: Expressa Comunicação
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