Pular para o conteúdo principal

Auxílio por doenças psicológicas cresce durante a pandemia

 


Advogada previdenciária dá dicas de como solicitar esse recurso, de direito do cidadão

Autor: Mariana SiqueiraFonte: A Autora

De 2019 para 2020 houve aumento de 29% na concessão de auxílio-doença para doenças relacionadas a transtornos mentais e comportamentais. Apenas no primeiro semestre de 2021, foram mais de 108 mil benefícios concedidos para trabalhadores com transtornos mentais e comportamentais, segundo dados do Ministério do Trabalho de Previdência. Segundo o mesmo levantamento, entre os transtornos mais comuns estão: ansiedade, bipolaridade, depressão, esquizofrenia, estresse pós-traumático, fobia social e pânico.

De acordo com a advogada previdenciária, Tatyane Portes Lantier, as doenças psicológicas em decorrência do trabalho são consideradas de caráter ocupacional, com direitos como o recebimento de auxílio-doença pago pelo INSS (no caso de afastamento superior a 15 dias) e direito à estabilidade provisória de até 12 meses após o fim do recebimento do benefício previdenciário. “Primeiramente, o colaborador passa por uma perícia do próprio INSS, com psiquiatras, para entender o histórico e a gravidade da doença desse paciente. Caso a avaliação prévia não reconheça o problema, é possível entrar com recurso administrativo ou medida judicial”, explica a especialista.

Para entrar com o recurso pelo INSS, é preciso apresentar o laudo do médico que ateste a doença e a incapacidade para comprovar a necessidade do afastamento, além de exames médicos complementares, receitas de medicamentos, entre outros. Além disso, é preciso estar incapacitado por mais de 15 dias para o trabalho e ter mais de 12 meses de contribuição para o INSS.

“É de direito do colaborador, ainda, solicitar a aposentadoria por invalidez, quando o caso for mais grave e se comprove a incapacidade total e permanente de exercer sua atividade profissional por conta da doença psicológica”, reforça Tatyane. “É preciso comprovar para o perito o motivo pelo qual a doença atrapalha o trabalho ou se o fato de estar trabalhando agrava a doença, pois a patologia a em si não garante o direito à aposentadoria, mas a comprovação de que ela o torna incapaz para as atividades sim”, completa.

É considerado acidente de trabalho quando o trabalhador adoece por depressão e esgotamento profissional em razão do trabalho. “Como é uma doença ocupacional, as empresas devem cumprir os requisitos legais para com seu funcionário: danos morais e materiais, afastamento remunerado, estabilidade, emitir Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), entre outras”. Segundo Tatyane Portes Lantier, caso a empresa não queira emitir o CAT, o próprio funcionário pode fazer no site da previdência.

“É um assunto delicado e precisa ser tratado com seriedade. Acredito que o número ainda seja baixo, por medo do colaborador de ser coagido pelo seu empregador ou até mesmo de perder o emprego. Mas é um direito que precisa ser buscado, para melhorar a qualidade de trabalho e de vida do cidadão”, finaliza.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atleta de Curitiba traz ouro para Curitiba no Campeonato Paranaense de Karatê

Sophia de Macedo disputou no sábado, dia 21/10, em Paranavaí, a terceira etapa do Campeonato Paranaense de Karatê. Ganhou ouro em sua categoria. Sendo a vencedora das três etapas trouxe para Curitiba o troféu de campeã da categoria Kata. A atleta é autista e tem  TDAH e disputou sem categoria especial. Aluna do Colégio Estadual Gabriela Mistral mostrou que inclusão, respeito, estímulo podem levar a todos os interessados longe. A Academia de Artes Marciais Fernandes deu a atleta a oportunidade de disputar de igual para igual tanto no Campeonato quanto nos treinamentos, não fazendo diferença entre atletas neurodiversos e neurotípicos. Sophia de Macedo é campeã em karatê e inclusão. Sensei Lauro Fernandes Jr. e Sophia de Macedo

Trifil inaugura maior loja exclusiva da marca em Curitiba no Jockey Plaza Shopping

Com quase 60 anos de história, a marca está presente em mais de 20 mil pontos de vendas no Brasil e é conhecida pelo conforto e qualidade de seus produtos O Jockey Plaza Shopping conta agora com a loja Trifil, a maior loja exclusiva da marca em Curitiba. Com quase 60 anos de história, a Trifil possui uma linha completa para adultos e crianças, sendo conhecida principalmente pelo conforto e qualidade de seus produtos. Hoje, a marca está presente em mais de 20 mil pontos de vendas no varejo em todo o país e já possui 90 lojas que comercializam exclusivamente os produtos.O conforto, aliado à qualidade dos produtos, vai ao encontro daquilo que os consumidores buscam, especialmente as mulheres, quando procuram uma lingerie para vestir no dia a dia. "Não queremos chegar em casa com um sutiã ou calcinha que nos machucou ou apertou. É para isso que a Trifil trabalha, para que você se sinta confortável e segura", afirma a proprietária da loja, Caiti Skroch, que também está à frente da...

MeuNominho lança pulseiras de silicone personalizáveis

O e-commerce  MeuNominho  acaba de lançar as pulseiras de silicone personalizáveis. Mais que um acessório de identificação, a pulseira é um item de segurança que pode ser usado durante viagens e passeios com aglomerações. É também indicada para crianças e adultos com condições médicas como epilepsia, diabetes, alergias, asma, entre outras. Com duas linhas de personalização, tanto interna quanto externa, é possível adicionar informações importantes como nome completo, telefone, tipo sanguíneo ou outros dados de relevância para os responsáveis.O lançamento está disponível em duas cores, rosa e azul, com cinco tamanhos diferentes, que se adaptam em crianças e adultos. As pulseiras são reutilizáveis, laváveis, antialérgicas e à prova d’agua. O e-commerce  MeuNominho.com.br , especialista em etiquetas escolares, produz etiquetas adesivas, que podem ser usadas em materiais escolares e em objetos que precisam ser levados para a creche. Para identificação de roupas, a MeuNominho ...