Apesar da queda de 30% no número de
fumantes no país, 10,8% dos brasileiros ainda são usuários
De acordo com dados do Vigitel –
Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito
telefônico, do Ministério da Saúde, 10,8% dos brasileiros são fumantes. De 2006
para cá, houve uma baixa de 30,7% no número de usuários (de 15,6% para 10,8%). “Essa
queda ocorreu por conta da regulamentação de leis antifumo, a proibição de
propaganda do cigarros, as campanhas de esclarecimento dos malefícios e o
atendimento no SUS aos que desejam parar de fumar. Mas ainda é necessário que
grupos vulneráveis, especialmente crianças e adolescentes, sejam alvo de ações
maciças de prevenção”, ressalva o diretor científico da SPC, Dr. Silvio
Henrique Barberato.
Uma das campanhas de maior
engajamento em todo o país, é o Dia Mundial Sem Tabaco, lembrado em 31 de maio.
“O tabagismo é a principal causa de morte evitável do mundo. Causa enfisema e
câncer e é um grande inimigo do coração”, afirma.
O
cardiologista destaca que um maço de cigarros por dia dobra a chance de desenvolver
doenças cardiovasculares. “O tabaco é um dos principais fatores de risco do infarto
agudo do miocárdio, da insuficiência arterial e do Acidente Vascular Cerebral –
o conhecido derrame”, explica. “Isso ocorre porque o cigarro promove lesão nas
artérias do organismo, inclusive do próprio coração, dando origem às placas
ateroscleróticas, que vão obstruindo os vasos”, esclarece.
Dr.
Barberato salienta ainda que o colesterol alto potencializa os efeitos do cigarro.
“O colesterol ruim, LDL, ‘alimenta’ a placa de aterosclerose, possibilitando um
‘círculo vicioso’, gerando mais gordura, mais lesão e mais entupimento.” Por
isso, ele orienta que o fumante precisa consultar um cardiologista e realizar
check-ups cardiológicos. “Conversando com o paciente, sabendo da sua história
pessoal e familiar e examinando o indivíduo, o médico poderá definir quais
serão os exames necessários para cada caso”, comenta. Na maioria dos casos, são
solicitados exames de sangue e eletrocardiograma, mas, exames complementares, como radiografia de
tórax, ecocardiograma e teste de esforço, também poderão ser pedidos.
Incentivos
governamentais para parar de fumar
O diretor financeiro
da SPC, Dr. André Langowiski, ressalta que mesmo não sendo sedentário, o
fumante continua tendo mais chances de desenvolver problemas cardiovasculares.
“Entre os fumantes, aqueles com alimentação mais saudável e que fazem
exercícios têm menor risco de ter problemas cardíacos do que os sedentários e
com dieta inadequada. Mas, é importante frisar: o fumante que se exercita deve
fazer uma rigorosa avaliação cardíaca de acordo com a intensidade do exercício
físico que ele pratica”, salienta.
Para quem deseja parar de fumar, Dr.
Langowiski lembra que o Inca – Instituto Nacional do Câncer e o Ministério da
Saúde desenvolveram o Programa de Controle de Tabagismo, considerado modelo pela
Organização Mundial da Saúde. “Os pacientes que não conseguem parar de fumar
podem entrar no programa pelo SUS”, explica.
O Ministério de Saúde mantém o Disque
Saúde - número 136 - com orientações gerais sobre combater a doenças e entre as
opções estão como parar de fumar. Se o paciente desejar entrar no programa do
SUS deve se dirigir a um posto de saúde para mais informações.
Informações para Imprensa: Expressa
Comunicação
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