Criações de animais
produzem muito metano que, em vez de ser deixado para poluir a atmosfera, pode
ser transformado em energia
O Oeste do Paraná abriga muitas
criações de animais como frangos, suínos e gado produtor de leite, animais
cujos dejetos e resíduos alimentares produzem muito gás metano. Em vez de
liberar esse gás poluente na atmosfera, os produtores rurais e industriais da
região podem optar por transformá-lo em biometano para gerar energia elétrica e
calor e como combustível de veículos e máquinas. "Os resíduos, que podem
ser um problema ambiental, são transformados em um ativo importante para a
produção de energia", afirma Orestes Hotz, gerente da Regional Oeste do
Sebrae-PR. Dessa forma, os produtores locais protegem o meio ambiente e a
economia local, pois, gastando menos com energia e transporte, podem oferecer
produtos com preços mais competitivos, firmando-se nos mercados estadual,
nacional e mundial: "As empresas
que produzem o biometano e o usam em sua própria planta industrial, alcançam
uma economia bastante significativa."
O metano contribui com 23% do efeito
estufa e é 21 vezes mais ativo do que o gás carbônico na retenção dos raios
solares que aquecem o globo, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas (IPCC). Após sua extração, feita com um equipamento chamado
biogestor, os dejetos dos animais ainda podem ser aproveitados como adubo. Esse
será um dos assuntos abordados na Conferência Internacional de Energias
Inteligentes - Smart Energy 2015,
que ocorre de 19 a 21 de outubro, no Bourbon Cataratas Convention &
Spa Resort, em Foz do Iguaçu, Paraná, com promoção e organização da Paraná
Metrologia, realização Sebrae-PR e apoio da Regional Oeste do Sebrae-PR, com
sede em Cascavel e escritórios também em Toledo e Foz do Iguaçu.
Oeste em Desenvolvimento
Orestes
Hotz conta que o Sebrae e outras instituições desenvolveram o programa Oeste em
Desenvolvimento para pensar no futuro da região por meio das suas
potencialidades, incluindo o uso do biometano, para que as muitas cooperativas
da região, por exemplo, que exportam vários produtos oriundos dos animais,
alcancem mais espaço no mercado internacional.
Segundo
Hotz, o eixo fundamental do programa é as energias renováveis, para o qual há
uma câmara técnica que se reúne periodicamente para discutir as oportunidades
do uso dessas energias. Não somente o biometano é discutido, mas a energia
fotovoltaica, pois a região Oeste tem bastante insolação, sendo muito propícia
para o uso da energia do sol. "Além das questões ambientais e de
sustentabilidade, queremos transformar essas energias renováveis em renda, com
a implantação, por exemplo, dos biodigestores em propriedades rurais e
industriais", diz.
O programa
partiu de um trabalho iniciado pela Itaipu Binacional e pela Fundação Parque
Tecnológico Itaipu, que criaram, em 2013, o CIBiogás (Centro Internacional de
Energias Renováveis), que já vem disseminando a cultura do biogás para,
envolvendo outras instituições, promover tecnologia e inovação. Atualmente, o
programa é realizado em conjunto com diversas instituições, como, além do
Sebrae, da Itaipu Binacional, e do PTI (Parque Tecnológico do Itaipu), a
Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do
Paraná), a Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), a Unioeste
(Universidade Estadual do Oeste do Paraná), a Amop (Associação dos Municípios
do Oeste do Paraná), e diversas cooperativas.
Mais informações: A Conferência Internacional de Energias Inteligentes - Smart Energy 2015,
ocorrerá no Bourbon Cataratas Convention & Spa Resort, na Avenida
das Cataratas, Km 2,5 – Foz do Iguaçu. Informações e inscrições pelo telefone
(41) 3362-6622, e-mail contato@smartenergy.org.br, site www.smartenergy.org.br/2015 ou pela página do Facebook: facebook.com/smartenergyparana.
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