*Marco Canto
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o glaucoma é a
segunda causa de cegueira no mundo e estima-se que cerca de 1 milhão de
brasileiros sejam portadores da doença, de acordo com a Sociedade Brasileira de
Glaucoma. A doença provoca uma perda progressiva da visão e, embora não tenha
cura, se descoberta precocemente, pode ser tratada e ter seu avanço “estacionado”
com o uso de colírios. O glaucoma provoca uma alteração do nervo óptico, que
entra em sofrimento e perde a capacidade de captar e transmitir os raios
luminosos. Como não costuma apresentar sintomas e a perda lenta e gradual da
visão demora para ser detectada pelo paciente, acaba sendo descoberto somente
em estágios mais avançados. Por isso, os check-ups regulares com o
oftalmologista são importantes, pois toda a perda de visão que ocorre não pode
ser recuperada. O tratamento somente impede o avanço da doença, sendo possível
recuperar somente as células que ainda estão sofrendo, não mais aquelas que já
morreram.
Quando existem sintomas, geralmente são desconforto nos
olhos com sensação de pressão e embaçamento visual, principalmente pela manhã.
Quando a pressão ocular sobe muito, a visão piora bastante e provoca dor
intensa. Qualquer pessoa pode desenvolver a doença, mas a incidência é maior em
familiares de pessoas portadoras de glaucoma, afrodescendentes, pessoas com
doenças autoimunes, diabetes ou miopia. O tipo mais comum é o glaucoma crônico
simples, de origem genética.
A consulta oftalmológica deve ser periódica, principalmente
se o paciente fizer parte do grupo de risco, para que seja medida a pressão
ocular e o médico possa observar o fundo do olho e a escavação do nervo óptico,
que costuma aumentar com a progressão do glaucoma. Quando se tem dúvidas, é
possível realizar exames adicionais como campimetria, que mede a periferia da
visão; curvas tensionais para verificar a pressão ocular em diferentes horários
do dia, a estereofoto de papila, que avalia o comprometimento do nervo óptico e
a paquimetria para qualificar a medida da pressão ocular.
Quando a doença é detectada, o tratamento é feito com
colírios, laser ou cirurgias. Entretanto, como já mencionado, a visão perdida
não é recuperada nem com a cirurgia. Por isso, a importância do diagnóstico
precoce para impedir o avanço do glaucoma.
*Marco Canto é médico formado pela Universidade Federal do
Paraná, tem residência em Oftalmologia pelo Hospital de Clínicas da UFPR. É
vice-presidente da Associação Paranaense de Oftalmologia e diretor da Clínica
Canto, em Curitiba.
Sobre a Clínica Canto
Com mais de 30 anos, a Clínica Canto oferece serviços de
oftalmologia com médicos especializados, priorizando a qualidade diagnóstica e
terapêutica para seus pacientes. Com duas unidades em Curitiba, no Centro e no
Seminário, oferece moderna e completa infraestrutura para exames simples ou de
alta complexidade e cirurgias oftalmológicas.
Mais informações no site www.clinicacanto.com.br
Informações para Imprensa: Expressa Comunicação
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