Fotografia com flash pode ajudar a diagnosticar a leucocoria – indício de complicações
Ao
tirar uma foto e a pupila ficar branca, como se fosse um reflexo, é necessário
ficar alerta: pode ser um indício de leucocoria, conhecida como “pupila
branca”, que indica problemas de saúde. “A leucocoria não é em si uma doença
mas, pode ser um indicativo de catarata congênita ou retinoblastoma - tumor
maligno da retina, que pode levar a retirada do olho comprometido e até à
morte”, revela a oftalmologista da Clínica Canto, Dra. Ana Paula Canto. “Quando
a ‘menina dos olhos’ tem coloração branca e não preta, como deve ser, é hora de
procurar um especialista.”
De acordo
com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o retinoblastoma é o câncer
mais comum na infância: atinge uma em cada 20 mil crianças e tem maior
incidência em menores de cinco anos. “É um tumor altamente maligno, mas quando
diagnosticado precocemente, tem 90% de chance de cura, porém, quando o
diagnóstico é tardio, pode haver complicações”, explica a oftalmologista.
O diagnóstico precoce pode impedir a cegueira e, caso haja
um tumor, salvar a vida da criança. A leucocoria pode ser detectada apenas ao
olhar a pupila do paciente. Para os recém-nascidos, há o ‘teste do reflexo
vermelho’ – o conhecido ‘teste do olhinho’, realizado antes de sair da
maternidade. “Outros indícios que podem indicar o problema é quando, em
ambientes escuros, quando ocorre o aumento de tamanho da pupila ou em fotos
com flash, a coloração da pupila fica branca ao invés de vermelha”,
esclarece a Dra. Ana Paula. “Se na fotografia foi percebido reflexo branco,
estrabismo ou qualquer outro sinal de anormalidade ocular a criança deve ser
examinada por um oftamologista.”
Outras possibilidades de causa da leucocoria em crianças são
retinopatia da prematuridade, má-formação ou anomalia vascular da retina,
infecções e tumor intraocular. “Em adultos, a causa mais comum é a catarata
avançada”, explica.
Exames e tratamento
No
consultório, o especialista avaliará o paciente por meio de um exame
oftalmológico completo, incluindo o de fundo de olho com as pupilas dilatadas,
utilizando o oftalmoscópio, pelo qual é possível uma melhor visualização da
retina. “Nesses casos, o exame com dilatação da pupila é obrigatório, pois
permite uma análise mais aprofundada do caso”, diz. De acordo com a
oftalmologista, outros exames podem ser solicitados. “O paciente pode ser
submetido a um utrassom ocular, tomografia ou ressonância de crânio e órbita,
se for necessário”, acrescenta.
Ao ser diagnosticado com retinoblastoma, será preciso
avaliar o grau em que o tumor se encontra para optar por um tratamento. Os
estágios podem ser: dentro do olho apenas (intraocular), afetando o nervo
óptico, em um ou nos dois olhos ou apresentar metástase. “O objetivo será
sempre preservar a vida e a visão do paciente”, salienta a Dra. Ana Paula
Canto.
As modalidades terapêuticas para o tratamento do tumor são:
enucleação, ou retirada do olho; termoterapia transpupilar, uma radiação
infravermelha que provoca hipertermia do tecido do tumor; crioterapia,
substâncias que rebaixam a temperatura do tecido; braquiterapia, terapia
aproximação ou inserção da fonte de radiação no paciente; radioterapia externa,
laser ou quimioterapia. “A sobrevida com retinoblastoma tem melhorado muito nos
últimos anos, graças aos avanços com diagnósticos precoces e melhores opções
terapêuticas”, afirma.
Sobre a Clínica Canto
Com mais de 30 anos, a Clínica Canto oferece serviços de
oftalmologia com médicos especializados, priorizando a qualidade diagnóstica e
terapêutica para seus pacientes. Com duas unidades em Curitiba, no Centro e no
Seminário, oferece moderna e completa infraestrutura para exames simples ou de
alta complexidade e cirurgias oftalmológicas. Mais informações no
site www.clinicacanto.com.br
Informações para Imprensa: Expressa Comunicação
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